O presente artigo possui o intento de refletir, através de uma revisão de literatura, sobre os conceitos de democracia digital e as novas tecnologias da comunicação e informação como fatores potencialmente democráticos e influentes no comportamento político. Nesse sentido, busca-se analisar, sob o olhar do neoinstucionalismo, o papel das mídias sociais, em especial o Twitter, como canal comunicativo informal de desintermediação entre representante e representado na atividade parlamentar no Brasil. A partir dessa ótica, e utilizando-se de dados oriundos do Twitter, objetiva-se entender como as relações mediadas pelas mídias sociais atuam como possível extensão do mandato dos parlamentares enquanto atores políticos. Os resultados indicam que a atuação de parlamentares nas mídias sociais digitais como expressão da comunicação interativa desintermediada evidencia-se como fenômeno de comunicação política com reflexos que indicam, ainda que minimamente, uma mudança no comportamento dos representantes e no seu agir político. No contexto da CPI da COVID-19, houve aumentos consideráveis na média de interações por meio de ferramentas do Twitter por parlamentares. Por outro lado, observou-se que parte dos senadores que compunham a CPI da Covid-19 mantiveram inexpressiva atuação na plataforma.