Tem Menina no Circuito: dados e resultados após cinco anos de funcionamento

Abstract

Resumo Um cenário comum de ser observado nos cursos de ciências exatas de diversas universidades espalhadas pelo Brasil é uma sala composta, majoritariamente, por estudantes masculinos. O que observamos é uma intensa segregação por gênero nas áreas de ensino superior: homens predominam nas ciências exatas, enquanto as mulheres seguem se profissionalizando em ciências da saúde ou educação básica. Alguns aspectos sociais podem contribuir para essa segmentação, como por exemplo, as meninas serem menos expostas do que meninos a assuntos relacionados à Física. Como forma de incentivar meninas estudantes do ensino médio a enxergarem a Física e outras áreas das ciências exatas e naturais como uma oportunidade de carreira, foi criado no ano de 2014 o projeto “Tem Menina no Circuito” que vem sendo desenvolvido desde então. Com o objetivo de entender as influências e contribuições do projeto no período de 2014 a 2019 foi distribuído um questionário às participantes deste. Como uma das conclusões, foi observado que a formação prévia dessas alunas parece ter influência na escolha de suas carreiras profissionais e que o projeto faz com que as alunas vejam outras áreas de atuação como possibilidade, antes desconhecidas por elas.

Encorajar Meninas Para Stem: A Experiência Do Meninas Olímpicas Do Impa

“…Visa-se assim a preparar professoras e professores para promoverem práticas escolares que transponham normas culturais e estereótipos de gênero e que estimulem a igualdade de oportunidades, incentivando estudantes, em particular alunas da Educação Básica, para carreiras em STEM. Consonantes com o que aponta a literatura sobre o tema [4,5], com outros projetos com objetivos análogos [6,7,8] e, em particular, com o relatório UNESCO [1], a metodologia de desenvolvimento do MOI foi estruturada a partir de uma organização bidimensional, que articula dimensões de alcance e modalidades de ações -Figura 2.…”

Meninas Velozes: Equidade De Gênero Em Stem No Contexto Da Base Nacional Comum Curricular

“…De acordo com dados das bolsas de produtividade do Conselho Nacional de Pesquisa do Brasil (CNPq/Brasil), no mais alto grau da carreira, pesquisador 1A, há apenas 23% de mulheres, levando-se em consideração todas as áreas de conhecimento. Já nas áreas de Ciências Exatas, a porcentagem é ainda mais baixa, chegando a 3% (SILVA, 2020). A partir disso, Bandeira (2008, p. 208) afirma que a "pesquisa científica, ainda, está configurada primordialmente por relações sociais e por marcas culturais sexistas".…”