A pandemia de COVID-19 e suas medidas de contenção influenciaram diretamente na saúde psicossocial dos indivíduos podendo acarretar no surgimento ou agravamento dos sinais e sintomas de disfunções temporomandibulares (DTMs). Dessa forma, os objetivos do presente estudo foram avaliar o impacto da pandemia nos sinais e sintomas de DTMs e a influência da infecção pelo novo coronavírus nesses sinais e sintomas. Trata-se de uma pesquisa observacional transversal com abordagem quantitativa, realizada na população do estado de Sergipe e do Distrito Federal. Baseado no Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders DC/TMD, os indivíduos responderam via Google forms ao Questionário de Sintomas do DC/TMD e aos Dados Demográficos do DC/TMD. Participaram do estudo 244 indivíduos, 123 do estado de Sergipe e 121 do Distrito Federal. Destes indivíduos, 70,8% sentiram dor na mandíbula, têmpora, no ouvido ou na frente do ouvido e 64,2% relataram presença de dor na região temporal nos últimos 30 dias. Hábitos ou manias como apertar ou ranger os dentes e mastigar chiclete, alteraram a dor da maior parte dos entrevistados (50,8%). Não foi encontrada associação significativa (p≥0,05) entre as questões do Questionário de Sintomas do DC/TMD e a contaminação por COVID-19 entre os entrevistados. Desse modo, sugere-se que a pandemia pode ter impactado nos sinais e sintomas de DTMs na população de Sergipe e do Distrito Federal, mas a infecção pelo novo coronavírus não influenciou nestes sinais e sintomas, não sendo encontrada diferença significativa entre os indivíduos que foram ou não infectados.