A esquistossomose é considerada uma questão de saúde pública, principalmente por sua alta prevalência nos países em desenvolvimento como o Brasil. Tem-se como objetivo deste estudo identificar o retrato epidemiológico da esquistossomose no Brasil, no intervalo de 2017 a 2021. Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, cujos dados foram obtidos por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), de endereço eletrônico http://www.datasus.gov.br, além das bases de dados PUBMED e SCIELO, referentes ao período de 2017 a 2021. Os dados obtidos pelo DATASUS foram reorganizados em quadros e analisados posteriormente. Foi observado que, nos últimos 5 anos, o número de internações por esquistossomose no Brasil, por todos os caráteres de atendimento, apresenta maior incidência na região Nordeste (48,46%), além do caráter de atendimento pertencer majoritariamente a urgência (88,56%). Na amostra analisada, foi constatado que 40,83% é constituído de mulheres e 59,17% de homens. Já no que diz respeito à faixa etária, foi certificada a predominância dos internamentos em adultos na faixa etária entre 20-69 anos, com o pico de 60-69 anos (15,62%). Portanto, os achados da alta prevalência da esquistossomose nos atendimentos de urgência no Brasil, principalmente no sexo masculino e na faixa etária economicamente ativa da população, revelam a necessidade de intensificação das práticas de prevenção e diagnóstico correto e precoce, baseados na Sociedade Brasileira de Hepatologia.