A gravidez na adolescência é um fenômeno amplamente discutido no Brasil, e esse debate é movido pelas consequências de gestar neste ciclo da vida. O presente estudo objetiva identificar o perfil sociodemográfico e comportamental de adolescentes gravidas de um baixo periférico do Acre. Trata-se de um estudo transversal, de abordagem quantitativa, realizado junto a 30 adolescentes grávidas. A maioria encontrava-se com 17 anos (40%), eram casadas (47%), a cor da pele parda (50%), não sabiam informar a renda familiar (53%), ensino médio incompleto (47%), não exerciam trabalho remunerado (97%), evangélicas (53%) e moravam com o companheiro (53%). A maior parte iniciou a atividade sexual com 15 anos, (30%), e engravidaram pela primeira vez aos 17 anos (23%). Para a maioria a gravidez não foi planejada (73%) e realizaram de 5 a 7 consultas de pré-natal (30%). Todas afirmaram têm o apoio do pai do bebê (100%) e a maior parte recebia o apoio da família (94%). Todas continuaram os estudos após a gravidez (100%), pois esse era o principal projeto de vida que tinham antes de engravidar (73%). A principal mudança que ocorreu após a gravidez foi o fato de terem que passar a dar prioridade ao bebê (47%). A gravidez na adolescência, está associada a fatores sócio econômicos, culturais e comportamentais, evidenciando a necessidade, cada vez mais frequente, de se implementarem medidas eficazes de prevenção e redução do comportamento de risco.