“…Nesse sentido, a baixa escolaridade e a pobreza, normalmente associadas entre si, além de viuvez, perda de uma pessoa querida, separação afetiva, desentendimentos com familiares ou amigos, divórcio e solidão das grandes cidades, são considerados fatores ou circunstâncias que podem aumentar o risco de suicídio por serem produtores de estresse, bem como outros, que incluem religião, problemas legais, desemprego e trabalho, especialmente o agrícola 3,4,8 . Uso abusivo de álcool e drogas, disponibilidade dos meios para efetuar o ato suicida, violência física e/ou sexual na infância, isolamento social, baixo suporte social e familiar, baixa qualificação profissional, histórico de tratamento psiquiátrico e distúrbios psíquicos, como depressão, esquizofrenia ou falta de esperança, podem, ainda, ser contributivos para o aumento de risco e a consumação da tentativa de suicídio 4,9,10,13 . Tais observações demonstram que esse ato não possui uma única causa ou razão, mas resulta de uma complexa interação de fatores, entre eles os biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais, sendo difícil explicar como a exposição aos mesmos fatores de risco implicam condutas diferenciadas dependendo dos sujeitos envolvidos 3,4,8 .…”