Introdução: o vaginismo é caracterizado por contrações involuntárias dos músculos do assoalho pélvico, que pode ocasionar redução da qualidade e satisfação nas relações sexuais, e consequentemente, predispor a diminuição do bem-estar das mulheres portadoras desse distúrbio doloroso. Experiências sexuais negativas, opressões, abuso e medos são alguns dos fatores que desencadeiam essa doença, sendo o tratamento individualizado, estabelecido por meio de uma equipe multidisciplinar e com múltiplas modalidades. Objetivo: revisar as modalidades terapêuticas utilizadas para o tratamento do vaginismo, descritas na literatura. Método: trata-se de uma revisão descritiva e exploratória de literatura. O levantamento de dados foi realizado por meio de pesquisas de artigos delimitados entre os anos de 2016 e 2021, indexados em bases de dados como, PubMed, Scielo, Cochrane Library e Elsevier. Desenvolvimento: o vaginismo é uma desordem de esfera dolorosa e emocional, caracterizada pelo receio quanto à penetração, devido à presença de desconforto durante o ato sexual. A epidemiologia acerca da dor gênito-pélvica ainda é muito escassa, e por mais difícil que seja avaliar a precisão da frequência, a grande maioria dos autores colocam entre 1% a 2% de ocorrência nas mulheres em contexto mundial. Dispareunia, desconforto, dor, ardência e medo são os sintomas mais relatados entre as mulheres com vaginismo. Após estabelecido o diagnóstico, deve ser definida uma equipe multidisciplinar para acompanhamento dessa paciente, visto que a melhor estratégia terapêutica é resultante de combinações de múltiplas modalidades. Intervenções fisioterapêuticas, terapia cognitiva- comportamental, eletroterapia, estímulo por biofeedback e aplicação de toxina botulínica estão entre as mais aplicadas segundo a literatura pesquisada. Conclusão: com essa revisão de literatura, conclui-se que existem várias modalidades terapêuticas utilizadas atualmente para o tratamento do vaginismo. Independente da causa dessa doença, é indispensável uma abordagem multidisciplinar e individualizada, levando em consideração que esse transtorno doloroso pode afetar a vida da paciente e de sua família em vários aspectos. É fundamental a disseminação de maiores informações acerca do vaginismo para que não seja tratado como tabu, a fim de facilitar o diagnóstico e tratamento dessas mulheres.