Terapia antiagregante plaquetária em pacientes com síndrome coronariana aguda submetidos a intervenção percutânea: uma revisão bibliográfica

Abstract

Introdução: A terapia antiagregante plaquetária (TAP) desempenha um papel fundamental no manejo da síndrome coronariana aguda (SCA), atuando na prevenção da formação de trombos e na redução do risco de eventos cardiovasculares adversos. No entanto, a interação entre a TAP e os mecanismos fisiopatológicos subjacentes à SCA ainda requer uma compreensão mais aprofundada. Neste contexto, a presente revisão sistemática visa examinar criticamente as evidências científicas disponíveis sobre o impacto clínico da TAP em pacientes com SCA submetidos a intervenção percutânea coronariana, bem como elucidar os mecanismos fisiopatológicos envolvidos nessa interação. Objetivo: O objetivo principal deste estudo é analisar os efeitos da TAP na progressão da SCA e no desfecho clínico de pacientes submetidos a intervenção percutânea coronariana, considerando os mecanismos de ativação plaquetária e sua relação com a formação de trombos coronarianos. Além disso, pretende-se identificar as estratégias terapêuticas mais eficazes e seguras da TAP nesse contexto. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura científica publicada entre 2014 e 2024, utilizando critérios de inclusão específicos para seleção de estudos originais e revisões sistemáticas relevantes. As bases de dados eletrônicas Medline, PubMed e Scopus foram consultadas, empregando termos indexados nos vocabulários MeSH relacionados à TAP, SCA e intervenção percutânea coronariana. Foram considerados apenas estudos publicados em periódicos científicos revisados por pares. Resultados e Discussão: Foram identificados 16 estudos que abordam o papel da TAP na SCA e intervenção percutânea coronariana. As evidências sugerem que a TAP reduz significativamente o risco de eventos cardiovasculares adversos, como infarto do miocárdio e morte cardiovascular, em pacientes submetidos a intervenção percutânea coronariana. Além disso, a TAP demonstrou ser eficaz na prevenção de reestenose e trombose de stent, melhorando os desfechos clínicos a curto e longo prazo. No entanto, o uso de TAP está associado a um aumento do risco de sangramento, sendo necessário um equilíbrio entre os benefícios isquêmicos e o risco de sangramento. Considerações Finais: A TAP desempenha um papel crucial no manejo da SCA em pacientes submetidos a intervenção percutânea coronariana, proporcionando benefícios significativos na redução do risco de eventos cardiovasculares adversos. No entanto, são necessários estudos adicionais para otimizar as estratégias de TAP, minimizando o risco de sangramento e individualizando o tratamento de acordo com o perfil de risco de cada paciente. A compreensão dos mecanismos fisiopatológicos da TAP na SCA continua sendo um campo importante de investigação para o desenvolvimento de terapias mais eficazes e personalizadas.