A transmissão da artrite encefalite caprina pelo sêmen inviabiliza o uso de reprodutores soropositivos de alto valor genético. Como o vírus da artrite encefalite caprina (CAEV), é encontrado no sêmen na forma de RNA viral (vírus livre) ou DNA pró-viral dentro das células não espermáticas, possibilita que pesquisas com plantas com potencial antiviral sejam algo promissor para viabilizar o sêmen de reprodutores caprinos de grande valor zootécnico infectados. Diante disso, com essa revisão objetivou-se elucidar o potencial de fitocompostos, com comprovada ação antiviral, que poderiam vir a ser alvo de estudo para inativar o lentivírus caprino no sêmen. Inúmeras plantas de muitas famílias botânicas já foram estudadas para validação de efeito antiviral contra diversos vírus que acometem animais e humanos. Folhas, raízes, flores, e sementes demonstraram ao longo do tempo em sua constituição fitoquímica substâncias antivirais promissoras. De acordo com o tipo de planta, não apenas algumas partes dela, mas regiões inteiras da mesma são alvos das pesquisas por fitocompostos a ser usado como alternativa no combate as doenças virais. A base dos estudos nessa vertente são os metabólitos secundários, pois nas pesquisas têm apresentado compostos bioativos antivirais de alto potencial atuando nas diferentes fases do ciclo de desenvolvimento viral. Dessa forma, a biodiversidade da flora brasileira aliada à tendência de formar fitocompostos poderiam contribuir no avanço das pesquisas, a fim de encontrar uma alternativa de base natural, potencialmente eficaz, para eliminar os riscos de transmissão do CAEV pelo sêmen.