Este breve documento reflete a deliberação do Grupo de Trabalho Pediátrico do Comitê Internacional de Ressuscitação de Liaison (CIRL) ou ILCOR. A meta do CIRL é aperfeiçoar, de forma consistente, as normas publicadas pelas associações e conselhos internacionais de ressuscitação. A proposta deste documento é esclarecer áreas de conflito ou controvérsia das normas de suporte de vida básico e avançado em pediatria disponíveis [1][2][3][4][5] , esboçar soluções consideradas e recomendações alcançadas por consenso do Grupo de Trabalho. Listamos, também, questões não resolvidas e apresentamos algumas áreas de interesse em pesquisa e investigação destas normas. Este documento não inclui lista completa das normas, no que se refere aos tópi-cos nos quais não foram detectadas controvérsias. Os algoritmos apresentados tentam ilustrar um fluxo comum de avaliações e intervenções. Sempre que possível, estes têm sido considerados como complemento dos algoritmos de Suporte Básico de Vida (SBV) e Suporte Avançado de Vida (SAV) utilizados em pacientes adultos. Uma vez que a parada cardiorrespiratória (PCR) no recém-nascido apresenta desafios peculiares na ressuscitação, com relação à sua etiologia, fisiologia e pesquisas necessárias, desenvolvemos uma seção separada dirigida para ressuscitação inicial do recém-nascido. Outras áreas de partida do algoritmo de adulto foram constatadas e estão explicadas no texto.Na ausência de dados pediátricos específicos, as recomendações podem ser feitas ou apoiadas com base no senso comum ou na facilidade de ensinar ou reter a habilidade. A viabilidade prática das recomendações no contexto dos recursos locais (tecnológico e pessoal) e costumes devem sempre ser considerados. Na execução deste documento foi surpreendente para os participantes do grupo de trabalho como são pequenas as diferenças existentes entre as normas pediátricas correntes, divulgadas pela American Heart Association, Heart and Stroke Foundation of Canada, European Resuscitation Council, Australian Resuscitation Council e Resuscitation Council of Southern Africa.
RetrospectivaA epidemiologia e evolução da PCR em pediatria, assim como as prioridades, técnicas e seqüência das avaliações e intervenções na ressuscitação pediátrica diferem dos adultos. Em vista disso, torna-se imperativo que toda norma desenvolvida para ressuscitação pediátrica dirija-se para as necessidades específicas do recém-nascido, lactente, criança e adolescente. Infelizmente, dados específicos, respeitando essas diferenças, têm sido deficientes tanto em quantidade como em qualidade, por várias razões: a) parada cardíaca pediátrica é pouco freqüente; b) na maioria das vezes a sobrevida de parada cardíaca em assistolia em crianças é muito baixa; c) a maioria dos estudos em pediatria apresenta falha quanto à utilização de critérios consistentes de inclu-* não se responsabiliza pela tradução