The 1968 International Year for Human Rights: A Missed Opportunity in the United States

Abstract

In honor of the twentieth anniversary of the adoption of the Universal Declaration of Human Rights (UDHR), the United Nations (UN) General Assembly (GA) unanimously decided to designate 1968 the International Year for Human Rights (IYHR). The UN encouraged its member states to observe the year with postage stamps, pamphlets on the declaration, radio programming, and human rights prizes, hoping that such celebrations of the UDHR would bring greater adherence to its articles. Within the United States, efforts to mark the year had limited impact, reflecting the UN's lack of salience within the United States in these years. Examining U.S. commemoration of the twentieth anniversary of the UDHR, which has not yet received sufficient attention, illuminates the complicated politics of 1968 in the United States and offers a window into the evolution of human rights activism in the United States between the late 1940s and late 1970s. In 1968, attention to human rights was still episodic rather than sustained, as it would come to be in later years through the efforts of nongovernmental organizations (NGOs), members of Congress, and State Department officials.U.S. observance activities of the IYHR represented the tail end of 1940sinspired activism. When an IYHR was first proposed in 1963, U.S. human rights activism remained shaped by the personalities, institutions, and approaches that were prominent in debates over the UN and international protection of human rights in the late 1940s. U.S. advocacy was geographically rooted in New York, focused on influencing UN institutions, and the purview of a small group of elite activists. By the mid-1960s human rights activism was beginning to shift to broader-based movements that criticized U.S. support for repressive regimes, such as the campaign against the *The author expresses her appreciation to

O Terceiro Mundo encontra os direitos humanos: a Conferência de Teerã de 1968 revisitada

“…Os trabalhos de Roland Burke (2008;2016) Thompson (2015) caracteriza o evento como uma derrota do ocidente em direcionar os debates e as instituições de direitos humanos na ONU. Há também quem tenha ressaltado o protagonismo de países periféricos em resgatar os direitos humanos para além da bipolaridade (Jensen, 2016) e os usos específicos, como do movimento antiapartheid (Skinner, 2017), na política externa dos EUA (Snyder, 2018) ou da URSS (Richardson-Little, 2019).…”

“…Seja em comparação com a Declaração de 1948 (Burke, 2008(Burke, , 2010Thompson, 2015) ou com a década de 1970 (Moyn, 2010), essas análises não desenvolvem os novos enquadramentos de direitos humanos defendidos pelos países do terceiro mundo. Se se toma a Declaração de 1948 como métrica para julgar as discussões e resoluções de 1968, o veredito dificilmente poderia ser diferente: a conferência de Teerã "foi um sério revés para a evolução do projeto de direitos da ONU" (Burke 2008, p. 296 (Koskenniemi, 2006;2018) e a perspectiva pós-colonial (Anghie, 2017;Mutua, 2016;Okafor, 2013Okafor, , 2017Rajagopal, 2006).…”

“…Se se emprega o estudo estruturalista do argumento legal internacional de Martti Koskenniemi (2006;2018), é possível entender como a prática discursiva dos direitos humanos remete ao polo da utopia (ainda que precise de um lastro de concretude). No seu exercício de normatividade, distancia-se das preferências políticas do seu momento de afirmação.…”

“…Sua universalidade (ou sua vontade de aplicação universal) requer um deslocamento do seu contexto sem, no entanto, assumi-lo. Todavia, assim como o argumento jurídico internacional (Koskenniemi, 2006;2018) quando sua normatividade é confrontada com o requisito da concretude -que pretende evitar a subjetividade a partir de uma base tangível, capaz de ser aplicável no mundo concreto -a norma mais parece ser uma apologia acrítica ao poder existente. 3 A partir deste quadro teórico, interessa-me analisar as normatividades afirmadas em Teerã, mas não a partir de outros momentos, como a Declaração de 1948 ou mesmo a ênfase nos direitos civis e políticos da década seguinte.…”

“…A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi redigida em um contexto em que os impérios eram a regra, não a exceção. De acordo com Morsink (1999), o cálculo feito por Lênin em 3 A referência à estrutura do argumento legal é feita a partir do trabalho de Koskenniemi (2006;2018) (Morsink, 1999). O Reino Unido tinha conseguido caracterizar revoltas anticoloniais nacionalistas em lugares como Quênia e Malásia britânica como situações de "emergência" de forma a empregar práticas de manutenção da ordem e do direito, ao invés de aplicar os direitos humanos ou mesmo o direito humanitário (Rajagopal, 2006).…”