The Acoustic Mirror: The Female Voice in Psychoanalysis and Cinema

The Oxford Handbook of Cinematic Listening

“…Continuity editing, shot reverse shot, crossfades, and overlaps-even in their "intensified" form-are visual tools to help blend the gaps inherent in a film's construction so that, writes Kaja Silverman, the individual components "seem to constitute a perfect whole" in order that the viewer's "gaze suffers under no constraints." 11 Synchronous sound and congruent music can embody these visual traits along a vertical axis, as sound designer Walter Murch famously argued: for him, the re-association of image and sound during post-production is the "fundamental pillar upon which the creative use of sound rests, and without which it would collapse." 12 In order to construct the "fundamental pillar" of creative sound design, a clear sense of causation between what we see and hear needs to be present.…”

Listening–Feeling–Becoming

“…Writing from an equally psychoanalytic perspective, Kaja Silverman tacitly acknowledged this and argued that The Conversation reveals the illusion of auditory control while simultaneously problematizing what I call the corpo-'real': "Far from being in a position of secure exteriority to the sounds he [Caul] manipulates, his subjectivity is complexly imbricated with them-so much so that it is often impossible to determine which originate from 'outside' of him, and which from 'inside.'" 20 The play between interiority and exteriority persists throughout the film and is primarily articulated through sound. Although Caul is emotionally and socially cocooned, he finds some kind of satisfaction and release in playing the saxophone.…”

Alfred Hitchcock na velocidade terrível da queda

“…Conforme argumentamos em seções anterio res, homens e mulheres guardam em si a falta e o fantasma da castração, tendo em vista que o falo não teria, a rigor, uma equivalência com o pênis, mas é um objeto imaginário. Silverman (1988) observa, porém, que, no cinema do minante, o fantasma da castração é projetado na figura da mulher, mas este retorna ao sujeito masculino, tornando problemático e chocante o seu gozo. Uma forma de evitar a angústia do olhar, capaz de reconhecer a diferença sexual seria o fetichismo.…”

“…Na cena de Psicose, na qual Marion Crane é assassi nada a punhaladas no chuveiro, podemos localizar uma série de metáforas da vagina, representadas pelos olhos da moça, mas também pela sua boca e pelo ralo da banheira, em seu centro escuro e insondável. Kaja Silverman (1988) percebe outra inscrição da vagina nos filmes hollywoodianos, locali zando a equalização entre a voz da mulher e os seus genitais, como numa relação metonímica. Lembremos que, logo em seguida à queda da esposa de Elster da torre do campanário, em Um Corpo que Cai, Judy grita, mesma atitude tomada por Marion quando agredida pela Mãe, a segunda personalidade de Norman Bates.…”

“…As metá foras dos órgãos sexuais femininos, tão presentes em Hitch cock, dão testemunho em relação ao assunto. Silverman (1988) pontua que Hollywood organiza a sexualidade femini na ao redor de uma imagem análoga a um insaciável orifício, capaz de tragar o sujeito. "Não é de se surpreender que se jam constantes [no cinema referências a] fantasias paranói cas de sufocamento, ciladas e sufocação" (SILVERMAN, 1988, p. 71).…”