RESUMO CONTEXTO: É hoje comumente aceite que fatores como a ansiedade e a depressão são favorecedores de efeitos negativos na saúde de indivíduos com doença cardíaca. Concomitantemente, constata-se que o sofrimento emocional resultante destes fatores é menor nos indivíduos com maiores níveis de controlo percebido. OBJETIVO: Determinar os fatores preditivos de depressão em pessoas com doença cardíaca. METODOLOGIA: Quantitativa, transversal, descritiva e correlacional. Amostra constituída por 160 indivíduos com doença cardíaca internados em serviços de cardiologia e unidades cuidados intensivos de cardiologia de três hospitais do norte de Portugal. RESULTADOS: Os indivíduos com maior ansiedade (ß= 0,383; p <0,01), menor controlo percebido (ß= -0,255; p <0,01), com mais idade (ß= 0,218; p <0,01), viúvos (ß= 0,213; p <0,01), com colesterol elevado (ß= 0,184; p <0,01) e que não fazem exercício físico (ß= -0,159; p <0,01) apresentaram maiores níveis depressão. CONCLUSÃO: Perante os resultados obtidos, infere-se que o desenvolvimento de intervenções que promovam o aumento do senso de controlo e a diminuição da ansiedade, podem ser e cazes na prevenção da depressão.