Pacientes portadores Síndrome Coronariana Aguda (SCA) necessitam de implante de stent farmacológico após a intervenção coronária percutânea (ICP), associado à administração de dupla terapia antiplaquetária (TDAP) para a redução do risco trombótico. Considerando a avaliação entre a proteção isquêmica e a chance de eventos hemorrágicos, novas estratégias de TDAP têm sido utilizadas, permitindo-se a prevenção de possíveis desfechos deletérios. O presente estudo objetiva avaliar a duração e o risco de sangramento entre diferentes estratégias de TDAP administradas após a ICP. Para essa revisão de escopo, realizada através das plataformas PubMed e ScienceDirect, entre os anos de 2020 e 2023, os descritores eleitos foram: '’Platelet Aggregation Inhibitors'', ‘’Percutaneous Coronary Intervention’’ e ‘’Hemorrhage’’. Os critérios de inclusão consistiram em (1) avaliação da duração e do risco de sangramento em distintas estratégias de TDAP (2) análise entre diferentes tipos de antiagregantes plaquetários (3) estudos que abordaram o seguimento e o manejo clínico (4) artigos em inglês e português. Os critérios de exclusão consistiram em inadequações ao tema, relatos de casos, editoriais, revisões simples, estudos com animais, além de textos fora do limite temporal. Regimes de TDAP prolongada e de longa duração apresentaram maior proteção isquêmica e maior risco de sangramento. Regimes de curta ou curtíssima duração estiveram associados à redução das taxas de sangramento maior, sendo benéficos aos pacientes idosos ou trombocitopênicos. O manejo de casos com alto risco trombótico e hemorrágico, assim como a utilização de escores preditivos permanecem como tópicos controversos a serem elucidados através de novos estudos.