“…Ariobarzanes II Filopator, já desde o início de seu reino, apresentava diversos elementos fundamentais para a conciliação das facções pró-romanas e pró-pônticas da Capadócia, especialmente após a vitória final de Pompeu: sua coroação ocorreu sob os auspícios de Pompeu em pessoa; sua rainha era, muito provavelmente, a filha de Mitridates VI prometida a ele cerca de vinte anos antes 225 ; e seu epíteto "Filopator" indicava a continuidade em relação ao reinado de seu pai (Sullivan, 1980, pp;1137-8 (Geagan, 1967), Ariobarzanes reconstruiria um edifício particularmente célebre e importante para os rituais agonísticos da cidade. A dedicação de estátuas a Ariobarzanes pelo povo e pelos arquitetos romanos (IG II 2 3426 e 3427, respectivamente), além da dedicação de outra estátua (IG II 2 3428) a seu filho e sucessor, Ariobarzanes III Eusébio Filoromano, provavelmente no mesmo local, indica a constituição do Odeion como uma espécie de memorial romano-capadócio, celebrando a um tempo as tradições agonísticas atenienses e o retorno da cidade à aliança com Roma -o epiteto "Filoromano" de seu pai, presente em todas as inscrições, e a participação de arquitetos romanos na reconstrução do edifício, apontam fortemente para esta direção.…”