RESUMO -O Brasil é um dos líderes mundiais na produção e exportação de milho. Um dos principais gastos na cadeia produtiva deste grão está concentrado no processo de secagem necessário para garantir as condições ideais de armazenamento. Em pequenas propriedades o próprio silo de armazenamento pode ser utilizado como um silo secador, mediante a injeção de ar aquecido a vazão e temperatura constantes, caracterizando a secagem convencional. A secagem em operação periódica pode ser uma alternativa interessante por meio da qual é possível aumentar os transportes de massa e de energia entre o ar e o grão levando a uma diminuição na demanda energética do processo em comparação à operação convencional. Neste contexto, efetuou-se a modelagem, simulação e análise das duas formas de secagem: convencional e periódica, destacando-se as vantagens e limitações desta nova modalidade de secagem de grãos de milho.
INTRODUÇÃOO Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de grãos de milho. De acordo com dados da Conab referentes ao ano safra 2012/2013, o Brasil ficou em terceiro lugar entre os maiores exportadores de milho, atrás da China e dos Estados Unidos. O consumo nacional de milho está em torno de 66,7% da produção nacional, cujo valor esteve próximo a 78,5 milhões de toneladas em 2013. Segundo o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, há uma previsão de crescimento da produção nacional de milho em torno de 19% para os próximos dez anos. Para garantir uma boa qualidade destes grãos durante sua cadeia produtiva é necessário que se faça uma armazenagem ideal que evite perdas deste material.O armazenamento de grãos de milho é um processo necessário, uma vez que sua produção é periódica e as demandas das indústrias e do comércio são ininterruptas (Puzzi, 2000). Uma colheita realizada em dois meses pode ser consumida durante um ou mais anos. Contudo, muitos fatores podem prejudicar a qualidade destes grãos enquanto eles estão armazenados. De acordo com Puzzi (2000), estes fatores podem ser um agente físico (temperatura, teor de umidade, danos mecânicos) ou um agente biológico (microorganismos, insetos, fungos). Este autor ainda ressalta que é importante controlar e minimizar os efeitos provenientes destes fatores para garantir a qualidade e a composição química (carboidratos, gorduras, proteínas, fibras, minerais e vitaminas) destes grãos.Observa-se que o teor de umidade é o fator predominante que controla a qualidade do grão estocado (Puzzi, 2000). Em baixos valores de umidade, as reações enzimáticas são reduzidas como também as taxas de respiração inerentes ao metabolismo do grão que podem levar o material à Área temática: Simulação, Otimização e Controle de Processos 1