The Beveridge Curve, Unemployment, and Wages in the OECD from the 1960s to the 1990s

Reformas Trabalhistas E Desemprego: Análise Teórica E Empírica De Experiências Internacionais

“…A visão generalizada de que a flexibilização da regulação trabalhista tem um efeito significativo no desempenho do mercado de trabalho, principalmente sobre a informalidade, o desemprego e os salários refletem-se nos pacotes de políticas implementados por muitos países em resposta às flutuações financeiras após a década de 1980. Desde esse período, diversos países têm feito mudanças consideráveis, com o objetivo de reduzir o nível de proteção dos trabalhadores, com uma expectativa de melhorar as taxas de desemprego, conforme apontaram os estudos de Scarpetta (1996), Nickell (1997), Elmeskov, Martin e Scarpetta (1998), Nunziata (2002), Belot e Van Ours (2000, 2001 e etc. sugeriram.…”

“…A partir desses resultados, o autor infere que movimentos amplos no desemprego em toda a OCDE podem ser explicados por mudanças instituições do mercado de trabalho. Belot e Van Ours (2000, 2001 corroboram com as intuições apresentadas pelos autores supracitados, que demonstraram, em seus estudos, a relevância das complementaridades entre as instituições e taxas de desemprego. Ao propor um modelo com efeito fixo para desemprego em diversos países, os autores incluem as instituições/legislações do emprego e um conjunto de interações entre estas como variáveis explicativas.…”

“…Mesmo quando os autores usaram controles macroeconômicos, como os usados por Nickell et al (2001), o modelo mostrou que a taxa de desemprego depende de uma série de instituições do mercado de trabalho que determinam o equilíbrio, e de uma série de variáveis macroeconômicas que explicam os desvios de curto prazo do nível de equilíbrio. Glyn et al (2003), ao analisar comparativamente os estudos realizados por Nickell não encontraram efeitos.…”

“…Glyn et al (2003), ao analisar comparativamente os estudos realizados por Nickell não encontraram efeitos. Da mesma forma, os coeficientes das variáveis de coordenação, embora significativos, são muito mais impactantes nos estudos realizados por Nickell (1997) e Nickell et al (2001) do que pelos demais autores. Glyn et al (2003) afirma que esses resultados são divergentes pois, ainda que produzam conclusões semelhantes para um período e países quase idênticos, os testes executados e a dimensão dos impactos atestados por esses estudos divergem consideravelmente.…”

“…Ao realizar estimativas que se baseiam principalmente nas construídas por Nickell et al (2001) e Nickell (1997), mas com variáveis que incluíram Blanchard e Wolfers (1999), Belot e Van Ours (2001) e outras fontes para um período maior de tempo entre 1960-1999, a partir de banco de dados da OCDE com o objetivo de cobrir a década de 1990, Glyn et al (2003) encontraram poucos resultados que fornecessem suporte para aceitar a ampla visão de flexibilização do mercado de trabalho, o que reforça a noção de que as fortes recomendações políticas frequentemente associadas à visão de rigidez parecem fluir de análises empíricas que não são particularmente robustas. Ao introduzir choque macroeconômicos, os autores encontraram pouco apoio para aqueles que defendem a desregulamentação.…”