A Organização Mundial da Saúde, em março de 2020, declarou o COVID-19 como uma pandemia, recomendando medidas de prevenção, controle e tratamento da doença. Uma das principais medidas, o isolamento social, resultou na suspensão de diversos procedimentos nos serviços de saúde. A reorganização dos serviços voltados para o atendimento ambulatorial de patologias ocasionou perdas e consequências incalculáveis na continuidade do tratamento. O estudo tem como objetivo discutir as consequências das medidas de distanciamento social e a organização dos serviços ambulatoriais voltados para o atendimento dos pacientes portadores de HIV durante a pandemia de COVID-19. Método: revisão integrativa, realizada no Portal de Periódicos da CAPES, utilizando estudos disponíveis na íntegra, indexado no portal da PUBMED, contendo os descritores: HIV, Antiretroviral Therapy, Social Isolation. A amostra, resultou de 9 estudos selecionados após os critérios de inclusão e exclusão. Resultados: A pandemia interferiu diretamente no tratamento e na oferta de serviços para os pacientes de HIV. Evidenciou-se uma diminuição na rotina de testagem, reagendamentos ou supressão dos horários de atendimentos de rotina e diminuição da distribuição de medicamentos. Conclusão: Apesar da situação de risco, o atendimento aos portadores de HIV deve ser garantido, quali e quantitativamente, sendo responsabilidade dos gestores reorganizar os serviços, em busca de erradicar interrupções dos atendimentos e melhorar a assistência prestada à clientela.