Morte encefálica pode ser definida como o estado irreversível das funções cerebrais, considerando os hemisférios cerebrais como também o tronco encefálico. São exigidos dois exames que possam confirmar a ausência ou a cessação de atividades do tronco cerebral para diagnóstico de ME no Brasil. Foi utilizada a busca por meio de levantamento e análise crítica dos documentos publicados através das plataformas de busca da PubMed, Scielo e Lilacs. Foram utilizados os seguintes descritores: “Morte encefálica”, “diagnóstico”, “adulto” e “eletroencefalograma”, “brain death AND electroencephalogram”, “brain death AND noise AND electroencephalogram”, “electroencephalograms AND brain death” e “brain death AND electroencephalogram AND intensivecareunits”. A abertura do protocolo de ME deve englobar todos os pacientes que se apresentem como não perceptivos, em ausência de reatividade supra espinhal e em apneia persistente de causa conhecida, irreversível e capaz de causar tal fim, seguindo protocolo de observação em ambiente hospitalar. Para início da abertura de protocolo, é necessário que haja uma lesão encefálica de causa conhecida, irreversível e capaz de causar a ME, além de ausência de fatores tratáveis que possam confundir o diagnóstico, tratamento e observação em ambiente hospitalar pelo período mínimo descrito, temperatura corporal superior a 35° C, saturação arterial de oxigênio acima de 94% e pressão arterial sistólica maior ou igual a 100 mmHg. São utilizadas medidas para a avaliação do nível de consciência, como a escala de Glasgow, além de testes para a avaliação de atividade do tronco cerebral e o teste da apneia, que é obrigatório para tal diagnóstico. Dentre os testes gráficos, se fazem de extrema relevância o eletroencefalograma (EEG), a angiografia cerebral, a doppler fluxometria transcraniana de artérias cerebrais e a cintilografia, sendo o EEG considerado um método factível realizado à beira leito, de baixo custo e baixo risco ao paciente quando comparado à cintilografia e arteriografia. Para fins de diagnóstico no protocolo, o médico capacitado, com experiência, se responsabilizará pelo laudo final.