“…A proliferação de fluxos religiosos multidirecionais e multiescalares que tanto partem quanto chegam ao Brasil inclui grupos religiosos tão diversos como candomblé, umbanda, santo-daime, pentecostalismo e neopentecostalismo, assim como práticas culturais como samba e capoeira. E ainda lembramos que, além da migração brasileira proporcionar mudanças no campo religioso mundial, o Brasil evoca no plano transnacional um imaginário "selvagem, primitivo" geralmente construído pelo turismo, pelos peregrinos que viajam em busca de cura ou de uma viagem existencial (ROCHA; VASQUEZ, 2013;CSORDAS, 2009). Além deste imaginário que circula no turismo, seja este religioso ou não, há uma circulação de imagens de líderes e ideias sobre o Brasil na mídia internacional e ainda a circulação em múltiplos fluxos de empresários religiosos (sejam pastores ou mesmo leigos, como muitos jogadores de futebol que atuam como missionários religiosos) representantes de um mundo religioso múltiplo e dinâmico que explicitamente viajam divulgando suas religiões e competindo com lugares de peregrinação e campos de disputa no campo religioso transnacional, como é o caso mais recente da peregrinação de igrejas evangélicas a Israel.…”