Este trabalho apresenta uma revisão integrativa da literatura sobre o papel das comissões de heteroidentificação no contexto das cotas étnico-raciais nas universidades públicas brasileiras. A pesquisa parte da problemática de que, apesar das políticas afirmativas serem instrumentos essenciais para a promoção da equidade no ensino superior, o processo de heteroidentificação ainda enfrenta desafios e críticas significativas. O estudo tem como objetivo investigar a eficácia dessas comissões, discutindo suas implicações na garantia de justiça e inclusão dos grupos historicamente marginalizados. A metodologia utilizada é qualitativa, com a análise de artigos publicados entre 2019 e 2024 em diversas bases de dados, como BVS, SCIELO, LILACS, MEDLINE, BDTD e PUBMED. Os resultados destacam que as comissões de heteroidentificação são fundamentais para a implementação das políticas de cotas, mas apontam para a necessidade de aperfeiçoar os critérios e procedimentos adotados, a fim de minimizar a subjetividade e garantir a transparência. A conclusão ressalta a importância dessas comissões no combate a fraudes e na promoção de uma educação mais inclusiva, reforçando a necessidade de continuidade das pesquisas para aprimorar essas políticas e assegurar que as vagas reservadas sejam ocupadas por aqueles que realmente se enquadram nos critérios estabelecidos.