-Spasticity is a determining for functional loss following ischemic stroke. Objective: To detect possible predictive factors for its occurrence. Method: Demographic, clinical and tomographic data on 146 stroke patients were analyzed. Results: Spasticity was noted more frequently among patients who underwent physiotherapy (p<0.0001; OR=19.4; 95% CI: 4.4-84.5), those who underwent such treatment for long periods (p=0.028; OR=4.80; 95% CI: 1.1-8.3) and those with manual work (p=0.041; OR=2.2; 95% CI: 1.02-4.6), lower income (p=0.038), pain complaints (p<0.0001; OR=107.0; 95% CI: 13.5-847.3), appearance of pain at the same time as spasticity (p<0.0001), previous vascular disease (p=0.001; OR=4.2; 95% CI: 1.7-10.3), muscle weakness (p<0.0001; OR=91.9; 95% CI: 12.0-699.4), extensive lesions as seen on tomography (p=0.01) and lesions affecting more than one cerebral lobe (p=0.018). Manual work had a relative risk of 2.9; previous stroke 3.9, and extensive lesion 3.6. Conclusion: Spasticity affected 25% of the patients, and was associated with: manual work, previous stroke, extensive lesions, decrease in individual income, underwent physiotherapy, underwent physiotherapy for longer period, pain complaints, the pain started simultaneously with the spasticity, presented changes in strength.KEY WORDS: spasticity, stroke, cerebral infarct, physiotherapy.
Fatores preditivos para espasticidade após acidente vascular cerebralResumo -A espasticidade é fator determinante para perda funcional após o acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI). Objetivo: Detectar possíveis fatores preditivos para a ocorrência da espasticidade. Método: Foram analisados dados demográficos, clínicos e tomográficos de 146 pacientes pós-AVCI. Resultados: Na análise univariada a espasticidade foi notada com maior freqüência em pacientes que realizaram fisioterapia (p<0,0001; OR=19,4; 95% CI: 4,4-84,5), com maior tempo de duração desse tratamento (p=0,028; OR=4,80; 95% CI: 1,1-8,3) e que realizavam trabalho braçal (p=0,041; OR=2,2; 95% CI: 1,02-4,6), renda menor (p=0,038), referência de dor (p<0,0001; OR=107,0; 95% CI: 13,5-847,3) e seu aparecimento simultâneo à espasticidade (p<0,0001), acidente vascular cerebral (AVC) pregresso (p=0,001; OR=4,2; 95% CI: 1,7-10,3), fraqueza muscular (p<0,0001; OR=91,9; 95% CI: 12,0-699,4), lesão tomográfica extensa (p=0,01) e lesão afetando mais de um lobo cerebral (p=0,018). Na análise de regressão multivariada a atividade braçal apresentou risco relativo de 2,9; acidente vascular cerebral prévio com risco relativo de 3,9 e lesão tomográfica extensa risco relativo de 3,6. Conclusão: A espasticidade afetou um quarto da população estudada e esteve associada ao trabalho braçal, AVC pregresso, lesões tomográficas extensas, diminuição da renda individual, realização de fisioterapia, realização de fisioterapia por um período maior, presença de dor, surgimento da dor simultânea à espasticidade e alteração da força. PALAVRAS-CHAVE: espasticidade, acidente vascular cerebral, infarto cerebral isquêmico, fisioterapia.