RESUMOA compreensão da influência do membro superior na marcha de indivíduos hemiparéticos é de extrema importância. Sendo assim, o trabalho objetivou-se no estudo da importância que o membro superior tem na marcha de pacientes após acidente vascular encefálico (AVE). Foi realizada uma revisão bibliográfica na qual buscou-se artigos científicos nas bases de dados, LILACS, BIREME, SciELO e Cochrane. A pesquisa levou em consideração trabalhos publicados no período de 2002 a 2014. De acordo com os artigos encontrados, concluiu-se que a biomecânica da marcha está diretamente relacionada ao membro superior, sendo assim, qualquer disfunção poderá alterar a marcha de pacientes após AVE. Palavras-chave: marcha; extremidade superior; paresia; acidente vascular cerebral.
ABSTRACTThe understanding the influence of the upper limb in the gait of hemiparetic subjects is of utmost importance. Thus, the work aimed to study the importance of the upper limb in the gait of post-encephalic vascular accident (EVA) patients. We conducted a brief literature review of scientific articles in the databases LILACS, BIREME, SciELO, and Cochrane. The research took into account articles published between 2002 and 2014. According to the articles studied, it was concluded that the gait biomechanics is directly related to the upper limb, thus, any dysfunction can change the gait of patients after EVA. Keywords: gait; upper extremity; paresis; stroke.
INTRODUÇÃOA biomecânica é o estudo do comportamento de sistemas biológicos, sendo relevantes os conceitos e as leis da mecânica, baseadas nas três leis de Isaac Newton, as quais são bases importantes para locomoção, lei do movimento e da gravidade: a primeira é a Lei da Inércia, a segunda é a Lei do Princípio Fundamental da Dinâmica, e a terceira é a Lei é a da Ação e Reação. Torna-se assim possível analisar e descrever qualquer tipo de movimento realizado pelo corpo humano.O andar é uma das principais habilidades do indivíduo e, apesar de sua complexidade, esse se caracteriza por movimentos suaves, regulares e repetitivos, com surpreendente eficiên-cia do ponto de vista neuro-músculo-esquelético.¹ A marcha é composta de movimentos compassados e alternados dos membros, e também do tronco, que desloca o centro de gravidade do corpo. No desenvolvimento infantil, quando a criança começar a ter os reflexos de proteção, esses reflexos passam a ser integrados e ter funcionalidade. Entre 11 e 12 meses ela começa a se segurar em móveis, passando sozinha por todas as posições, já realiza transferência de peso e permanece em pé, e marcha em blocos com a base alargada. A partir dos 12 meses a marcha se torna uma atividade automática, acontecendo devido à ação de muitas articulações e grupos musculares, descarga de peso, reações de equilíbrio e busca pelo centro de gravidade.Quando um indivíduo realiza o movimento de marcha, há todo um conjunto sequencial de movimentos, que se repetem ao longo do tempo (ciclo da marcha).
2Este trabalho teve como objetivo analisar a biomecâ-nica da marcha normal e patológica, o...