AGRADECIMENTOSA todas as mulheres que entraram em contato comigo para participarem como voluntárias deste estudo e, principalmente às que foram elegíveis e acompanhadas durante um ano e que por motivos éticos não posso agradecer nominalmente. Sem a colaboração de vocês, este trabalho não existiria.À minha avó Olívia (in memorian), maior exemplo de vida durante os seus 106 anos de existência, por todos os ensinamentos que plantou e pelo amor que espalhou. Obrigada por eu ter sido a sua neta! À minha prima Rogéria Bertatti, amiga e irmã em todos os momentos, sempre pronta a colaborar em todas as minhas dúvidas, principalmente na área da informática. Valeu!! Ao amigo Anderson Sanchez de Melo, que me ensinou a arte da inserção dos DIU de cobre e do sistema intrauterino liberador de levonorgestrel. Muito obrigada pela paciência e dedicação! À Dra. Maria Célia Mendes que, um dia em Fortaleza, incentivoume a fazer a pós-graduação no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da FMRP-USP. Muito obrigada, pois hoje tenho convicção que foi uma das decisões mais corretas na vida profissional! Introdução: A obesidade pode se constituir como fator de risco para o uso de contraceptivos hormonais, especialmente aqueles contendo estrogênios, devido a possíveis efeitos metabólicos indesejados. As alterações metabólicas decorrentes do uso do sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU-LNG) foram bem descritas em mulheres com peso normal, mas não em mulheres obesas. Objetivo: Avaliar o efeito do sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU-LNG) sobre marcadores ultrassonográficos e laboratoriais de risco metabólico e doença cardiovascular em mulheres obesas. Casuística e Métodos: Estudo clínico randomizado aberto avaliando 106 mulheres obesas (≥30,0 Kg/m² e <40 Kg/m²), com idade entre 18 e 40 anos, sem outras comorbidades. As pacientes foram avaliadas antes do início da contracepção e após um ano, sendo realizada randomização simples, para uso de SIU-LNG ou método não hormonal (a paciente poderia escolher entre dispositivo intrauterino de cobre ou preservativo). Foram avaliados: evolução ponderal; circunferência da cintura; volume uterino e ovariano; insulinemia e glicemia de jejum; perfil lipídico; testosterona; sex hormone binding globulin (SHBG); hemograma; aspartato aminotransferase (AST), a alanina aminotransferase (ALT), a fosfatase alcalina e gama glutamil transferase; índice de rigidez da carótida e espessura íntima-média (EIM); dilatação mediada por fluxo da artéria braquial (DMF) e doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Resultados: Nenhuma diferença estatística foi observada na dilatação mediada por fluxo da artéria braquial entre as mulheres em uso de SIU-LNG e métodos não hormonais em um ano de observação. Observou-se uma redução do volume ovariano (-0,5±2,6 vs. 0,7±2,6 cm³, p=0,03). A hemoglobina aumentou nas usuárias de 4±0,1±0,8 g/dL, p=0,00) juntamente com o hematocrito (1,8±2,2 vs. -0,0±2,3 %, p=0,00). Não houve alteração do perfil lipídico, glicêmico, da função hepática e doença hepát...