Objetivo: descrever a autopercepção de saúde de mulheres com excesso de peso e verificar a sua associação com variáveis sociodemográficas, clínicas e hábitos de vida. Estudo transversal realizado em ambulatório de referência em obesidade, em Salvador-BA, sendo 101 mulheres entrevistadas mediante instrumentos específicos e submetidas a avaliação clínica. Os dados foram analisados descritivamente e pela estatística inferencial. A média de idade foi de 47,8 anos (dp =9,0 anos). Predominaram raça/cor negra (93,1%), 2º grau de escolaridade (57,4%), situação conjugal sem companheiro (51,5%), renda mensal familiar ≤ três salários-mínimos (87,0%), obesidade grau III (31,7%), presença de 1 a 2 comorbidades (62,4%), principalmente hipertensão arterial (61,4%). Quanto à autopercepção de saúde, 55,4% a classificaram como regular, 24,8% boa e 11,9% ruim. Houve associação estatisticamente significante entre autopercepção de saúde e prática de atividade física, consumo de bebida alcoólica e identificação das consequências do excesso de peso para a vida. A elevada prevalência de autopercepção de saúde negativa é preocupante considerando que está fortemente associada à morbidade e mortalidade.