Objetivo: Comparar os efeitos do treinamento muscular respiratório com uso de incentivadores respiratórios nos tempos máximos fonatórios (TMF) de crianças com fissura labiopalatina (FLP). Metodologia: Estudo caracterizado como ensaio clínico controlado e randomizado. Todos participantes foram submetidos a: questionário com dados de identificação, Manovacuômetro Analógico; pressão inspiratória e expiratória máximas com Peakflow® Digital Microlife®; e avaliação postural. Os critérios de inclusão foram: sujeitos entre três e 12 anos com FLP já submetidos a cirurgias corretivas, sendo excluídos aqueles com outras malformações ou deficiência intelectual. Houve alocação aleatória em dois grupos: ‘selo d’água’ e ‘espirômetro de incentivo’ (Respiron Kids®), ambos os grupos passaram por intervenção semanal com seguimento de seis semanas. Participantes do grupo ‘selo d’água’ realizaram três séries de dez repetições de expiração máxima em canudo posicionado a 10cmH2O dentro de garrafa de 500ml. O grupo ‘espirômetro de incentivo’ realizou três séries de dez repetições de expiração máxima no bocal do equipamento com equipamento em nível I de resistência e posicionado de forma invertida com movimentação das três esferas do equipamento. Resultados: Na amostra total, houve predominância de FLP transforame incisivo unilateral, com alta prevalência de fístula e características clínicas de respiração oral. Foram alocados cinco sujeitos em cada grupo, com melhora de TMFs em ambos, descritivamente, assim como, relação s/z abaixo de 1, caracterizando hipercontração glótica durante a fonação. Conclusão: Ambas as modalidades apresentaram aumento de TMFs dos sujeitos com FLP, porém sem a normalização da hipercontração glótica desses sujeitos.