Nas últimas décadas, houve uma mudança no estilo de vida que contribuiu para um aumento alarmante da obesidade. Padrões alimentares ricos em calorias e comportamento sedentário têm levado a uma epidemia global, com números preocupantes tanto entre adultos quanto entre crianças e adolescentes. A cirurgia bariátrica é reconhecida como o tratamento mais eficaz para combater a obesidade e suas complicações. Esses procedimentos cirúrgicos, como o bypass gástrico, a banda gástrica ajustável, a gastrectomia vertical e a derivação biliopancreática, demonstraram ser altamente eficientes na redução de peso a longo prazo e no tratamento de problemas metabólicos associados. Embora ainda haja incertezas sobre os mecanismos exatos envolvidos na perda de peso resultante da cirurgia bariátrica, acredita-se que eles envolvam o controle do apetite, a influência de peptídeos intestinais, modificações na microbiota e alterações nos ácidos biliares. No geral, a cirurgia bariátrica é considerada a terapia mais eficaz disponível atualmente para alcançar e manter a perda de peso a longo prazo. Outrossim, intervenções endoscópicas minimamente invasivas têm ganhado espaço no manejo do paciente obeso; atualmente, existem três estratégias bariátricas endoscópicas comumente utilizadas: balões intragástricos (BIGs), gastroplastia endoscópica (GE) e bypass duodeno-jejunal endoscópico (BDJE). Esses procedimentos visam reduzir a capacidade do estômago e a absorção de nutrientes, resultando em perda de peso. Além disso, os procedimentos bariátricos endoscópicos têm mostrado resultados promissores devido às suas características, como baixo impacto traumático, possibilidade de reversão, recuperação rápida, custo-efetividade e eficácia na redução de peso.