A condição nutricional e fisiológica da vaca durante a gestação tem sido associada com a formação fetal e desempenho futuro da progênie. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos do histórico da vaca gestante sobre o desempenho da progênie. Foram utilizadas 343 vacas de corte Charolês e Nelore, sendo divididas conforme o histórico reprodutivo: vacas prenhas que repetiram prenhez (P); vacas vazias que emprenharam (V). Os dados foram coletados durante 5 anos no rebanho experimental. Vacas V apresentaram maior escore de condição corporal (ECC) (2,83 vs 3,05 pontos) e peso corporal ao final da estação reprodutiva (462,72 vs 478,82 kg), além de menor ECC ao parto (2,58 vs 2,64 pontos) e maior perda de peso durante a gestação (-35,17 vs -13,34 kg) em comparação às vacas P. O peso ajustado aos 205 dias de idade foi maior na progênie de vacas P (140,54 vs 139,35 kg), sem efeitos aos 365 e 540 dias (P>0,05). O desempenho aos 7 meses de idade foi maior na progênie de vacas P (0,517 vs 0,502 kg/dia), enquanto que a progênie de vacas V foi superior aos 12 e aos 18 meses de idade, com valores respectivamente de 0,558 vs 0,397 e 0,379 vs 0,351 kg/dia. Bezerros de vacas P apresentaram maior valor de Kleiber aos 7 meses, enquanto que a progênie de vacas V foi mais eficiente aos 12 meses. O histórico reprodutivo da vaca influencia o desempenho da progênie, onde vacas vazias produzem bezerros com maior potencial produtivo na vida adulta.