A laminite é uma doença bastante frequente na rotina clínica de equinos, que provoca, entre outros sintomas, dor e claudicação, sendo uma causa importante de eutanásia. Nesta afecção, ocorre o enfraquecimento da ligação entre o estojo córneo e a falange distal, resultando no afundamento e na rotação palmar/plantar desse osso. Diversos mecanismos estão envolvidos na patogênese da laminite, que incluem as teorias vascular, a enzimática, a traumática, a de privação de glicose e a endocrinopática, de modo que pode ocorrer secundariamente a diversas outras doenças, como cólica e doença metabólica equina. Entretanto, a compressão dos mecanismos que regem as alterações ocorridas na fisiopatologia dessa doença é bastante complexa, e ainda não está completamente elucidada. Esse fator limita o desenvolvimento de terapias eficazes para a cura da laminite. O diagnóstico pode ser feito por meio da avaliação do histórico do animal, sinais clínicos, exame físico e dos exames complementares, como radiografia, bloqueios anestésicos, venografia, termografia, entre outros métodos. A terapia deve envolver o controle da dor e estabilização do tecido laminar, e varia de acordo com o estágio de desenvolvimento da doença, principalmente, as fases aguda e crônica. Dessa forma, a medicina regenerativa, que inclui a utilização de células-tronco mesenquimais, tem ganhado bastante destaque nos últimos anos, uma vez que apresenta uma influência positiva na cura de várias lesões ortopédicas em equinos.