No campo da psicoterapia, há uma lacuna de produção científica acerca das conformações e dos impactos do uso das redes sociais para a divulgação desta prática e para a divulgação do psicoterapeuta. Com nosso estudo, visamos contribuir neste sentido, direcionando nossa pesquisa especificamente à divulgação no Instagram. Tomamos a Teoria da Subjetividade como nosso fundamento teórico por ela permitir visibilizar e representar, em sua compreensão complexa dos processos humanos, os modos recursivos pelos quais tomam forma a realidade e a ação humanas individuais e sociais em uma história e em uma cultura concretas. Tivemos como objetivos: 1) investigar e discutir configurações subjetivas da psicoterapia em sua divulgação no Instagram, e 2) a partir disto, refletir sobre a atuação do psicoterapeuta. Este artigo se encontra organizado em: 1) introdução, 2) metodologia, 3) construção e análise da informação, e 4) considerações finais. Na introdução, apresentamos a Teoria da Subjetividade, debatemos o campo da psicoterapia e definimos nossas questões de investigação. Na metodologia, pormenorizamos o método que norteou nosso estudo – o método construtivo-interpretativo –, bem como apresentamos os participantes, o local e os instrumentos de nossa pesquisa. Na construção e na análise da informação, seção que corresponde aos resultados e à discussão, visibilizamos nosso movimento de tessitura hipotético-teórica em recursividade com o vivido no empírico, assim como apresentamos nossa produção teórica acerca dos processos subjetivos de um dos participantes de nosso estudo. Nas considerações finais, respondemos às questões de investigação que lançamos na introdução. As reflexões a que nossa pesquisa nos permitiu chegar acerca da atuação do psicoterapeuta se encontram presentes ao longo de todo o trabalho.