No dia 1 o de setembro de 1859, o astrônomo britânico Richard Carrington observou um comportamento anômalo no Sol. Aproximadamente 17 horas depois, efeitos magnéticos de escalas globais foram observados na Terra: auroras boreais e austrais em regiões de baixas latitudes, e falhas em equipamentos telegráficos na Europa e América do Norte. Hoje, 160 anos depois, sabemos que essa conexão solar-terrestre controla a atividade magnética no espaço próximo da Terra e sua superfície, e seus efeitos são objetos de uma disciplina denominada clima espacial. O objetivo principal deste modesto trabalhoé apresentar brevemente ao leitor as observações de Carrington e as descobertas que levaramà conexão entre fenômenos magnéticos solares e terrestres. Também são brevemente discutidas as implicações desta descoberta ao clima espacial comênfase na importância da proteção de aparelhos tecnológicos presentes no geoespaço e no solo, além de uma breve discussão do futuro da disciplina nas próximas décadas.Palavras-chave: Evento de Carrington, Interações Sol-Terra, Clima espacial.On 1 September 1859, the British astronomer Richard Carrington observed an anomalous behavior on the Sun. Approximately 17 hours later, magnetic effects of global scales were observed at Earth: aurora borealis and australis in low-latitude regions, and telegraphic equipment failures in Europe and North America. Nowadays, 160 years later, we know that solar-terrestrial connections control the magnetic activity in the geospace and on the ground, and their effects are subject of a discipline named space weather. The main goal of this modest work is to briefly present to the reader Carrington's observations and the discoveries that led to the connection between solar and terrestrial magnetic phenomena. Implications of this discovery to space weather with emphasis on the protection of technological systems in the geospace and on the ground, and a brief discussion on the future of the discipline, are briefly presented as well.