RESUMO Visando avaliar a compatibilidade de tomateiros enxertados em diferentes portaenxertos, sob ambiente protegido, foi determinada a atividade das enzimas antioxidantes, peroxidases (POXs), polifenoloxidase (PPO) e superóxido dismutase (SOD). A primeira etapa experimental consistiu na avaliação, aos seis e onze dias após a enxertia, das mudas enxertadas e não enxertadas com três combinações de enxertia (Maxifort, Multifort e autoenxertia), em três regiões de coleta no caule: a) 2 cm acima da região da enxertia; b) na região de enxertia e c) 2 cm abaixo da região da enxertia, além do tratamento adicional, constituído de mudas não enxertadas de 'Alambra' (pé franco). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3x3+1, com cinco repetições. Na segunda etapa experimental houve o transplantio das mudas para a casa de vegetação, com as combinações de enxertia 'Maxifort', 'Multifort', autoenxertia e pé franco, considerando nas parcelas as combinações da enxertia e nas subparcelas os quatro períodos de coleta 30, 60, 90 e 120 dias após o transplantio. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, em esquema de parcela subdividida, sendo cada parcela experimental constituída de seis plantas, com seis repetições. Os resultados da primeira etapa mostram que houve incremento na atividade das POXs e PPO durante o pegamento das enxertias com os portaenxertos 'Maxifort', 'Multifort' e também na autoenxertia. Na segunda etapa, observou-se maior incremento na atividade de SOD e POXs para o portaenxerto 'Multifort' aos 120 dias após o transplantio. As plantas enxertadas e o pé franco não apresentaram indícios de incompatibilidade, sendo o aumento da atividade enzimática atribuído ao processo de cicatrização e lignificação das mudas enxertadas, tendo mantido esse comportamento ao longo do ciclo de crescimento e desenvolvimento das plantas de tomateiro. A produção por planta não sofreu influência da enxertia.