The Hopeless University: Intellectual Work at the End of the End of History

Abstract

The University is being explicitly restructured for the production, circulation and accumulation of value, materialised in the form of rents and surpluses on operating activities. The pace of restructuring is affected by the interplay between financial crisis and Covid-19, through which the public value of the University is continually questioned. In this conjuncture of crises that affect the body of the institution and the bodies of its labourers, the desires of Capital trump human needs. The structural adjustment of sectoral and institutional structures as forms, cultures as pathologies, and activities as methodologies enacts scarring. However, the visibility of scars has led to a reawakening of politics inside and beyond the University. The idea that History had ended because there is no alternative to capitalism or its political horizon, is in question. Instead, the political content of the University has reasserted itself at the end of The End of History . In this article, the idea that the University at The End of History has become a hopeless space, unable both to fulfil the desires of those who labour within it for a good life and to contribute solutions to socio-economic and socio-environmental ruptures, is developed dialectically. This enables us to consider the potential for reimagining intellectual work as a movement of sensuous human activity in the world, rather than being commodified for value.

Um Olhar Sociológico Sobre a Crise Covid-19 em Livro

“…Essa literatura salienta que apesar destas alterações afetarem uma extraordinária quantidade de pessoas em sistemas académicos por todo o mundo, elas têm impactos muito desiguais em diferentes grupos de pessoas. Sabemos, por exemplo, que quem trabalha em condições c o n t r a t u a i s m a i s p r e c á r i a s t e m s o f r i d o u m i m p a c t o desproporcionalmente negativo, pois muitas universidades estão a rescindir contratos ou suspender renovações e contratações como forma de diminuir custos (Castela, 2020;Corbera et al, 2020;Hall, 2020;Shelley-Egan, 2020). Importa, a este nível, salientar que entre xs trabalhadorxs científicxs precárixs registam-se proporções mais elevadas de mulheres, de pessoas racializadas e de jovens do que entre xs trabalhadorxs com contratos permanentes ou de longo-prazo, o que significa que esses impactos negativos estão desigualmente distribuídos.…”

“…Finalmente, ao centrar a oposição "mulher (= mãe) interrompida, em estado de subprodução" vs. "homem sem constrangimentos, em estado de sobreprodução", a literatura causa outro problema: ela contribui para reproduzir a ideia de que os homens cientistas, no geral, têm taxas de produção científica elevadas e que todos se identificam com um modelo (machista) de masculinidade académica que privilegia níveis elevadíssimos de competitividade, produtividade, individualismo e autoconfiança. No entanto, sabemos que essa não é a experiência, identidade ou prática profissional de muitos homens cientistas, tanto antes como durante a pandemia (Abdellatif e Gatto, 2020;Alcadipani, 2020;Corbera et al, 2020;Hall, 2020;Nash e Churchill, 2020;Pereira, 2018;Sparkes, 2007). Como tal, é importante não representar e normalizar esse modelo como o único modelo existente de masculinidade académica contemporânea.…”

“…Esta pandemia constitui, claro, um fenómeno raro e excecional, que está a criar problemas novos para as universidades e outras organizações científicas. Não obstante esse facto, várixs autorxs têm argumentado que devemos analisar muitas das práticas e desigualdades de trabalho científico emergentes durante a pandemia não como uma realidade nova, ou rutura completa, mas sim como uma agudização e generalização de tendências já presentes há vários anos (Corbera et al, 2020;Hall, 2020). Estes tempos de crise são tempos de mudança, sim, mas -como tantas outras crises (Branicki, 2020) -são também tempos de muitas continuidades.…”

“…Para além de nem sempre reconhecer o desgaste, doença e deficiência que os indivíduos trazem consigo para a academia, a vida académica também contribui muitas vezes para causar desgaste, doença e deficiência, especialmente nas duas últimas décadas. A institucionalização de culturas académicas performativas produziu várias transformações no trabalho científico -por exemplo, precarização, maiores exigências de produtividade ou novos regimes de auditoria e avaliação -que nos últimos anos têm causado entre cientistas não só problemas de stress e ansiedade, mas também várias outras doenças e perturbações de saúde física e mental, algumas delas graves e às vezes fatais (Gill, 2010;Hall, 2020). A situação é tão séria em alguns países que há autorxs que a descrevem há já vários anos como "a psychosocial and somatic catastrophe in universities" (Gill e Donaghue, 2016: 91) ou como uma "deep, affective, somatic crisis [that] threatens to overwhelm us" (Burrows, 2012: 355).…”

Postdigital Marxism and education

“…in the Frankfurt School and critical pedagogy (amongst other schools of thought), postdigital theory generally stands shoulder to shoulder with the oppressed and aims at emancipation and social justice (Jandri c et al, 2018), yet little literature engages directly with Marx (e.g., Carmichael, 2020;Hall, 2020;Malott, 2019;Rikowski & Ford, 2019). Most authors engage with Marx only implicitly and often through the work of more recent theorists in the (primarily Western) Marxist tradition.…”