Resumo Pacientes submetidos a transplante hepático possuem maior suscetibilidade ao desenvolvimento de infecções devido à contaminação do enxerto, normalmente relacionada ao líquido de preservação (LP), usado para conservar o órgão após sua retirada do doador, e à elevada concentração sérica de imunossupressores. O presente estudo tem por objetivo relacionar a contaminação do LP por bactérias e leveduras com a infecção sistêmica de pacientes após transplante hepático, correlacionando esses resultados com a sobrevida dos mesmos. Serão avaliadas culturas de LP de pacientes submetidos a transplante hepático no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas de Janeiro de 2008 a Dezembro de 2017, correlacionando-as com: cultura de líquidos biológicos (sangue, urina e ascite), tempo de internação em UTI, tempo de intubação, esquema de antibioticoterapia e seu tempo de utilização, SWAB de pacientes no período pré operatório imediato, tempo de isquemia fria e sobrevida. Com o intuito de predizer maior risco de infecção, atuando preventivamente a ela, almeja-se contribuir no manejo, muitas vezes delicado, do pós operatório do transplante de fígado.