Neste trabalho, objetivou-se utilizar exsudato resinoso de uma planta típica do Nordeste brasileiro, a goma de cajueiro (Anacardium occidentale L.) como alternativa de meio de montagem na técnica histológica, economicamente viável e ambientalmente saudável. A goma do cajueiro foi processada de acordo com o método adaptado de Rinaudo e Milas. A leitura do índice de refração e a medida de viscosidade foram realizadas em refratômetro Abbes e viscosímetro digital MVD-20, respectivamente. De acordo com a liberação do comitê de uso de animais da Universidade Federal de Pernambuco, diferentes órgãos de ratos Wistar foram processados histologicamente e as preparações permanentes foram montadas com a goma resinosa de cajueiro (MGRC). O índice de refração do MGRC foi 1,343 e a viscosidade do meio sem óleo mineral foi 1143,7 ± 267,4 mPas.s e com o óleo mineral foi 939,9 ± 103,7 mPas.s. As preparações montadas com MGRC independentemente do tipo de coloração utilizada, apresentaram-se com imagens nítidas e morfologia das estruturas conservadas. O MGRC revelou-se de forma satisfatória como alternativa aos meios de montagem comerciais, sendo economicamente viável e gerando benefícios como biosseguridade pessoal por ser atóxico, além de não prejudicar o meio ambiente.