Resumo Partindo dos resultados inconclusivos da escassa literatura sobre o impacto do COVID-19 nas pequenas e médias empresas (PMEs), este artigo propõe um novo modelo de avaliação para abordar esse problema por meio de percepções gerenciais. Para atingir esse objetivo, mais de 6.000 PMEs responderam doze rodadas de pesquisas de 2020 a 2021, durante a pandemia, permitindo assim acompanhar a evolução do impacto percebido da pandemia nas pequenas e médias empresas. Uma nova abordagem de função de utilidade ponderada pela entropia é proposta aqui, seguida por regressão de rede neural para mapear quais variáveis relacionadas aos negócios das PMEs impulsionam mais a utilidade percebida de cada critério de negócios durante a pandemia. Primeiro, os pesos dos critérios relacionados aos negócios foram calculados usando a análise de proporção de avaliação de peso passo a passo (SWARA), classificando sua importância relativa - ou percepções - com base nas classificações de entropia de informações derivadas de dados coletados. As medições de entropia de transferência também ajudaram a revelar as relações de causa e efeito entre os critérios. Em segundo lugar, as funções de utilidade comercial para cada critério foram calculadas usando a Avaliação Proporcional Complexa com base nos pesos SWARA. Terceiro, regressões de redes neurais foram usadas para explicar as percepções gerenciais sobre cada critério de negócios durante a pandemia à luz de cada variável de negócios. Nossos resultados, esperados e inesperados, sugerem que as PMEs mais resilientes no Brasil são aquelas com 5 a 10 anos de idade operando nos setores de serviços e construção. Além disso, o sucesso do empréstimo é o segundo critério de maior impacto, impactando profundamente a continuidade dos níveis de atividade econômica; e não é afetado por nenhum outro critério de negócio. Implicações para formuladores de políticas e ações governamentais são destacadas.