Com o intuito de dar robustez aos trabalhos empíricos que consideraram o fator explicativo tamanho da empresa no comportamento assimétrico dos custos, surge o objetivo do estudo no qual consiste em investigar se o tamanho da empresa impacta no comportamento assimétrico dos custos de empresas brasileiras listadas do setor de Utilidades Públicas. Informações foram extraídas de empresas brasileiras listadas na B3 do setor de utilidades públicas, entre os anos de 2011 a 2020 e calculadas por modelo multinível de regressão para dados em painel. Foram realizadas duas análises: (i) uma de forma geral, que engloba todas as empresas do setor de utilidades públicas, utilizando medida quantitativa; e (ii) análise separando empresas menores e empresas maiores deste setor, conforme sua representatividade. Em todos os modelos testados o resultado de não significância estatística foi encontrado, o que denota que para as empresas do setor de utilidades públicas, o tamanho da empresa não é fator explicativo significativo para o comportamento assimétrico dos custos. Contudo, em termos numéricos, nas empresas menores foi verificada pequena diferença entre aumento e redução dos custos em relação às mudanças da receita, que pode ser justificado pelo fato de que nestas empresas os custos serem ajustados mais rapidamente, sendo que nas empresas maiores a diferença é maior, podendo ter sua explicação na quantidade de investimentos, na complexidade dos custos, na quantidade de controles e nas decisões que acontecem de forma mais lenta, o que dificulta o ajustamento dos recursos.