Introdução: A epilepsia causa atividade neural descontrolada no cérebro, resultando em convulsões. Cerca de 30% dos pacientes não respondem bem ao tratamento, enfrentando efeitos colaterais dos medicamentos, como sonolência e tontura. Estudos indicam que pacientes com epilepsia sofrem de má qualidade do sono, afetando sua qualidade de vida, especialmente em crianças, que enfrentam problemas físicos, psicológicos e escolares. Assim, é crucial melhorar o sono e a qualidade de vida dessas crianças com epilepsia. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura que seguiu como pergunta norteadora uma pergunta PICO, sendo que os artigos foram selecionados das seguintes bases de dados: PubMed, MedLine e ScienceDirect. A pesquisa de artigos foi feita em fevereiro de 2024 e buscou artigos entre 2019 e 2023. Os critérios de elegibilidade foram: Estudos publicados entre 2019 e 2023, em inglês e gratuitos, foram incluídos, como metanálises, revisões sistemáticas e ensaios clínicos. Excluíram-se os que não relacionavam sono e epilepsia, envolviam pais de crianças com epilepsia ou eram retratados e ainda permaneciam na base de dados. Resultados: Os 18 estudos analisados revelam uma relação significativa entre epilepsia e distúrbios do sono em crianças, com implicações importantes para a qualidade de vida e saúde geral desses pacientes. Distúrbios do sono são comuns e têm impacto negativo na saúde física, cognitiva e comportamental das crianças com epilepsia. Intervenções como melatonina e canabidiol mostraram-se promissoras na melhoria do sono e na redução de convulsões. Além disso, problemas de sono estão associados a uma variedade de dificuldades neuropsicológicas, destacando a necessidade de uma abordagem abrangente na avaliação e tratamento dessas condições. Conclusão: Os estudos revisados destacam a relevância dos distúrbios do sono na epilepsia infantil, evidenciando sua conexão com problemas cognitivos e redução na qualidade de vida. Embora a melatonina e os canabinóides possam representar opções terapêuticas promissoras, é crucial realizar mais pesquisas para confirmar sua eficácia.