ResumoA Floresta Amazônica vem sendo substituída por diversos sistemas de uso, como pastagens e variados usos agrícolas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da implantação do sistema agroflorestal (SAF) na Amazônia sobre atributos químicos do solo em três SAFs, compostos por castanheira, cupuaçuzeiro e pupunheira, sendo o SAF A analisado aos 4 e 19 anos, o SAF B aos 7 e 22 anos, e o SAF C aos 6 e 21 anos após a implantação. Foram avaliados os teores de P, Ca 2+ , Mg 2+ , K + , H+Al, pH, SB, CTC, V% e carbono orgânico total. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, em esquema de parcelas subdivididas, com dois tempos, constituídos da primeira e segunda coletas nas parcelas e três profundidades, sendo de 0-20, 20-40 e 40-60 cm nas subparcelas, totalizando seis tratamentos e 24 repetições, analisados independentemente nos três SAFs. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Após duas décadas do estabelecimento destes SAFs, houve perda de fertilidade e de carbono orgânico total do solo, além de que a maior disponibilidade de nutrientes e quantidade de matéria orgânica ficou concentrada na camada superficial de 0 a 20 cm de profundidade. Os resultados indicam que são necessárias medidas de reposição de nutrientes e correção da acidez em profundidade ou, dependendo dos objetivos produtivos destes sistemas, sua implantação seja realizada com maior diversificação e complexidade de espécies de exploração e de serviços ecossistêmicos.Palavras-chave adicionais: indicadores de qualidade do solo; Rondônia; sustentabilidade.