Na produção animal, a necessidade de inovação tecnológica para a promoção da saúde e do bem estar é impulsionada por vários fatores, dentre eles o de assegurar a sanidade animal e fornecer segurança aos consumidores. Estratégias inovadoras envolvendo sistemas de liberação modificada de fármacos têm surgido como alternativas promissoras para a terapêutica veterinária. No desenvolvimento destes sistemas de administração de fármacos, vários polímeros biodegradáveis têm sido utilizados por serem compostos facilmente assimiláveis pelo organismo do animal, além de melhorar os efeitos terapêuticos pela compatibilidade com as mais diversas classes farmacêuticas. O sucesso destes sistemas está relacionado com a tecnologia de produção e com as características físico-químicas do polímero, garantindo vantagens como a redução do estresse animal e a diminuição dos riscos com a manipulação e a administração de fármacos. Entretanto, apesar destas vantagens, o preço elevado, a preocupação com resíduos, as questões regulatórias e os desafios na estabilidade da formulação, têm limitado o seu uso. Esta revisão tem por objetivo abordar formas farmacêuticas de liberação modificada de fármacos, utilizadas em ruminantes, buscando compreender as justificativas de seu desenvolvimento, os mecanismos tecnológicos envolvidos e as suas principais vantagens e desvantagens.