Mulheres que são mães e fazem uso problemático de drogas enfrentam dificuldades para acessar serviços de saúde devido ao estigma social e ao medo de perderem a guarda dos filhos. Este estudo teve como objetivo identificar, por meio de uma revisão integrativa da literatura, intervenções que promovam cuidados específicos para mulheres mães que fazem uso problemático de substâncias, considerando também o bem-estar de seus filhos. As bases de dados consultadas: Pubmed, Web of Science, Periódicos da Capes e Lilacs. O instrumento utilizado foi o protocolo PRISMA – Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses. Ao todo foram selecionados 17 estudos internacionais, e após a análise observou-se que as intervenções trazem as seguintes características: conjuntos de intervenções específicas para a mulher-mãe; fortalecimento do vínculo mãe-filho; posturas profissionais para aumentar a efetividade das intervenções; valorização do apoio entre pares e recomendações para a longitudinalidade dos programas. A maioria das intervenções adotou a abordagem de redução de danos, visando o desenvolvimento infantil e o fortalecimento do vínculo mãe-filho. Quanto às lacunas, observou-se a falta de um programa abrangente de planejamento familiar que levasse em consideração os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres que fazem uso de substâncias, além de estudos focados na atenção primária que compreendesse a mulher em sua totalidade. Algumas limitações foram identificadas, como a falta de estudos interventivos realizados no Brasil. Espera-se que esta revisão colabore para políticas públicas brasileiras que atendam às necessidades específicas de mulheres grávidas e mães que fazem uso de drogas.