RESUMOPartindo de inquietações e reflexões docentes, buscamos problematizar alguns conceitos frequentemente tomados como sinônimos no contexto da educação de profissionais de saúde, descortinando concepções alternativas para um fazer pedagógico eticamente comprometido. A análise se centra na ideia hegemônica da ética que conforma certo sentido para a expressão "ética na formação", em contraposição ao que se poderia denominar de uma "dimensão ética da educação". Por meio de uma escrita dialógica sobre temas comuns a todo (a) professor (a), quer-se provocar o (a) leitor (a) para o exame de sua práxis acadêmica e para o questionamento sobre o que temos realizado na universidade: formação profissional ou educação superior? Os argumentos expressos neste ensaio almejam fomentar o (auto)questionamento para que cada um(a) responda, a sua maneira, e depois coletivamente, à pergunta essencial que a ética nos faz: "que devo(devemos) fazer"? Descritores: Ética. Desenvolvimento Moral. Educação Superior. Formação Profissional. Universidade.1 DA "ÉTICA NA FORMAÇÃO" PARA UMA "DIMENSÃO ÉTICA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR"Não seria surpresa que o leitor ou a leitora deste texto sentisse algum estranhamento ou inquietude já no momento de se decidir pela leitura (ou não) do que segue, a partir do resumo. Ali usamos o termo "dimensão ética da educação" superior ou universitária, ao invés das expressões mais habituais -"ética na formação profissional" ou mesmo "formação profissional ética". Cabe então, por zelo e elucidação, explicar que nos referimos à educação superior em contraste à formação profissional, de propósito, para demarcar uma disputa de visões. Um embate de concepções sobre a função da