O uso indiscriminado de psicoestimulantes, como o metilfenidato e a lisdexanfetamina entre os universitários, tem se tornado um grande problema de saúde pública, principalmente com as grandes promessas de que são capazes de elevar a capacidade mental, melhorar o rendimento, concentração e estudos. Sendo assim, os estudantes universitários, pela rotina exaustiva e estressante, são o grupo sob maior risco de usar essas drogas, que muitas vezes são utilizadas, sem prescrição e acompanhamento médico, elevando ainda mais os riscos de abuso, intoxicação e dependência pelas anfetaminas, além dos potenciais transtornos que são gerados com seu uso. Nesta pesquisa foi realizada uma revisão bibliográfica integrativa da literatura, que utilizou métodos explícitos e sistematizados de busca na literatura científica, empregando abordagens específicas, com o objetivo de apresentar os efeitos e motivações do uso indiscriminado de medicamentos psicoestimulantes em estudantes universitários. As buscas foram realizadas de julho a setembro de 2023, nas bases de dados da BVS, SciELO e PubMed, artigos nacionais e internacionais, usando os seguintes descritores “Estimulantes do SNC, estudantes AND abuso”, “CNS Stimulant, student AND abuse” e “estimulantes del SNC, alumno AND abuso” e foram encontrados 290 artigos nos quais, levando-se em consideração critérios de inclusão e exclusão, apenas 16 artigos foram selecionados. Observou-se que, motivações como medo do fracasso, procrastinação e estresse acadêmico, aliadas a influências sociais e normas culturais, desempenham um papel significativo para o uso indiscriminado desses estimulantes, assim mesmo que possam temporariamente melhorar a concentração e alerta, ainda há efeitos colaterais graves como ansiedade e distúrbios do sono que podem oferecer riscos á saúde mental e física, a partir de uma busca inalcançável pela excelência acadêmica.