RESUMOEmbora o diagnóstico da Doença de Graves (DG) na infância e adolescência seja relativamente fácil, seu tratamento ainda é controverso. Pode-se utilizar fármacos anti-tireoideanos (MMZ ou PTU), porém a incidência de efeitos adversos nessa faixa etária é maior que nos adultos e a taxa de remissão é baixa, mesmo com o uso prolongado. A cirurgia é pouco indicada como tratamento inicial, sendo realizada mais freqüentemente após recidiva do tratamento medicamentoso e/ou devido aos seus efeitos adversos. A utilização da radioiodoterapia na infân-cia e adolescência vem crescendo. Com doses adequadas, ocorre o desenvolvimento de hipotireoidismo em cerca de 90% dos casos num período de 3 a 6 meses. Os dados iniciais sugerem que o tratamento em crianças acima de 5 anos não parece estar associado a maior risco de carcinoma de tireóide. A prevalência de efeitos adversos é menor que na cirurgia. Pacientes que apresentam fatores clínicos ou laboratoriais de pior prognóstico evolutivo podem ter seu tratamento medicamentoso encurtado, sendo a indicação da radioiodoterapia realizada mais precocemente. While the diagnosis of Graves' disease in childhood and adolescence is relatively straightforward, its treatment remains controversial. The first choice therapy is the use of anti-thyroid drugs, although side effects are more frequent than in adults and remission is low. Surgery is not usually indicated as initial treatment. Instead, it is generally recommended after recidive of the disease or due to side effects of medical treatment. The use of radioiodine therapy is increasing in this age group, especially in North America, and control of the hyperthyroidism is achieved in 3 to 6 months in 90% of the cases. There is no evidence that radioiodine therapy is associated with a higher risk of thyroid cancer, and the occurrence of side effects is lower than surgery. Based on the positive results obtained with this therapy, patients with poor responsiveness to medical treatment should be considered for early radioiodine therapy. lescência, sendo que apenas 1 a 5% dos pacientes afetados estão compreendidos nessa faixa etária (1). Porém, a DG, uma doença autoimune caracterizada por apresentar bócio difuso, hipertireoidismo e oftalmopatia, é a revisão