Objetivo: Este estudo objetivou avaliar os efeitos mediadores do Capital Psicológico e da Síndrome de Burnout na relação entre Participação Orçamentária e o Desempenho Gerencial. Método: Desenvolveu-se uma pesquisa descritiva, de levantamento, com abordagem quantitativa dos dados. A amostra analisada corresponde a 203 gestores com responsabilidade orçamentária das maiores empresas do Brasil, ocupando cargos de controllers, gerentes de controladoria e gestores de custos. A análise de dados foi realizada por meio de estatística descritiva, análise fatorial, modelagem de equações estruturais, assim como uma análise adicional por meio de regressão linear.Resultados: Os resultados encontrados evidenciam que em ambientes com uma maior participação orçamentária, os indivíduos tendem a desenvolver melhor o seu capital psicológico, tornando-se mais otimistas, esperançosos, resilientes e auto eficazes, atenuando os efeitos negativos da síndrome de burnout e consequentemente, alavancando o seu desempenho gerencial. Quanto a comparação de respostas dos gestores que ocupavam cargos de controladoria ou de custos, a única diferença significativa foi a síndrome de burnout, o que pode indicar que em cargos mais altos, como de controllers, os gestores tendem a ser mais flexíveis ao se deparar com uma falha no controle orçamentário, e podem sofrer menos com os efeitos negativos do ambiente de trabalho.Contribuições: Assim, contribui-se de modo geral, demonstrando a influência da participação orçamentária nas cognições e no desempenho dos indivíduos nas organizações, bem como os papéis informativos do orçamento e a influência da configuração orçamentária adotada pelas empresas no comportamento humano no trabalho.