In this article, an overview of the last 35 years of bilingual education for the deaf in Sweden is presented. A short presentation is given of the terms 'first language/mother tongue' and 'second/foreign language', used in this specific context, to debate some of the main assumptions underlying first and second language teaching to deaf children. We discuss the main results from the bilingual approach, demonstrating the high level of achievements when considered in an international perspective. These results are compared to data from the first period of deaf education in Sweden, after the foundation of the Manilla school in 1809. The common basis for these examples of successful deaf education can be summarized as a positive attitude to sign language and its users. Then, we analyze some differences between natural sign languages versus simultaneous use of signs and speech, wherein the deaf addressee usually receives inconsistent linguistic information, thus making this practice less appropriate for the language learner. A discussion follows up language teaching to deaf children, including teaching a third language to them, such as English, for example. It is noted that the group of sign language users is currently undergoing a great change, especially because of the growing number of children with cochlear implants: their need for bilingualism, including sign language, is emphasized.Keywords: bilingual education; deaf education in Sweden; sign language.
RESUMONeste artigo, apresenta-se um panorama dos últimos 35 anos de educação bilíngue para surdos, na Suécia. Faz-se uma breve apresentação dos conceitos de "primeira língua/língua materna" e "segunda língua/língua estrangeira", utilizados neste contexto específico, para debater alguns dos principais pressupostos subjacentes ao ensino de primeira e segunda língua para crianças surdas. Discutimos os principais resultados da abordagem bilíngue, demonstrando o alto nível de conquistas, quando consideradas em uma perspectiva internacional. Esses resultados são comparados com dados do primeiro período de educação de surdos na Suécia, após a fundação da escola de Manilla em 1809. A base comum para estes exemplos de sucesso na educação de surdos pode ser resumida como uma atitude positiva em relação à língua de sinais e seus usuários. Em seguida, discutem-se algumas diferenças entre as línguas de sinais naturais versus a utilização simultânea de sinais e fala, quando o interlocutor surdo normalmente recebe informações linguísticas inconsistentes, fazendo com que esta prática seja menos adequada para o aprendiz da língua. Segue-se uma discussão de ensino de língua para crianças surdas, incluindo o ensino de uma terceira língua, como o Inglês, por exemplo. Observa-se que o grupo de usuários de língua de sinais está sofrendo uma grande mudança na atualidade, especialmente devido ao crescente número de crianças com implantes cocleares: enfatiza-se a necessidade do bilinguismo para este grupo, incluindo a língua de sinais.Palavras-chave: educação bilíngue; educação d...