Nesta pesquisa narrativa, meu foco são as histórias individuais de Everton, Lowise, Manoela e Kamilly Vitória, quando eles foram autores de textos em inglês e de suas vidas na paisagem de uma escola pública. Considero relevante narrar as histórias desses jovens brasileiros, pelo modo como utilizaram as tecnologias digitais em diferentes espaços no currículo, vivendo e narrando histórias que não eram de fracasso, apesar dos obstáculos que tiveram que enfrentar. Adotando o conceito de ética relacional como pressuposto, apresento parte dos resultados da minha pesquisa de doutorado, que foi realizada em uma escola de Minas Gerais, agora com foco nas tecnologias digitais, inclusão e ética relacional. Indo de encontro a histórias de fracasso, reclamação, marginalização e desistência que tenho ouvido durante meu percurso profissional na área de ensino de línguas na escola pública, este trabalho expressa as possibilidades e convida à imaginação de histórias futuras de honra, aprendizagem, persistência, inclusão, pertencimento e autoria. Compartilho, então, as histórias que nos constituem (eu, professora de língua inglesa e meus alunos do sexto ano Everton, Lowise, Manoela e Kamilly Vitória) e nossas experiências ao nos tornarmos autores em língua inglesa, utilizando tecnologias digitais nas aulas de língua inglesa de uma escola pública mineira. Entre as contribuições para a área da Linguística Aplicada, considero, as discussões sobre o uso das tecnologias digitais para produção de textos em língua inglesa, criando oportunidades de pertencimento dos alunos e o trabalho com gêneros para ensinar e aprender inglês. Os resultados dessa pesquisa foram: (1) A inclusão dos alunos foi possível porque utilizamos as tecnologias digitais para criarmos um sentimento coletivo de pertencermos a uma comunidade de construção de conhecimento (2) Eu, como professora, vivi histórias de autoria docente à medida que os alunos compuseram histórias de autoria discente, sempre considerando a ética relacional da pesquisa narrativa.