Resumo:Objetivo: os problemas relacionados com a respiração bucal são vários e possuem diversas consequências na saúde humana. O estudo de coorte prospectiva se propõe a determinar os fatores de risco associados ao desenvolvimento da respiração bucal nos primeiros períodos do desenvolvimento infantil. Método: o grupo inicial constituiu-se por 86 bebês com idade de zero a três meses selecionados em áreas de abrangência do município de Vitória-ES. Realizaram-se sete visitas domiciliares, coletando-se dados sobre respiração bucal, mista, vedamento labial, alterações respiratórias intervisitas, estimulação da respiração nasal, ronco habitual ao dormir, uso de mamadeira, sucção de chupeta, sucção de dedo e aleitamento materno. A partir do grupo inicial, 67 crianças permaneceram em acompanhamento até a idade média de 29,42 meses (+ 2,49dp). Resultados: a prevalência de respiração bucal foi de 3,0%. O aleitamento materno (ORaj = 0,27 : 0,09 -0,83) e a estimulação da respiração nasal (ORaj = 0,09 : 0,01 -0,52) funcionam como fatores de proteção ao vedamento labial, enquanto a alteração respiratória intervisita (ORaj = 7,61 : 1,09 -53,01), sucção de chupeta (ORaj = 5,54 : 2,00 -15,37) e o ronco (ORaj = 10,74 : 2,(32)(33)(34)(35)(36)(37)(38)(39)(40)(41)(42)(43)(44)(45)(46)(47)(48)(49)64) funcionam com fatores de risco. Conclusão: a gênese da respiração bucal inicia-se pela perda do vedamento labial, como conseqüência da interação de fatores positivos e negativos sobre o complexo neurológico, ósseo e muscular.Palavras-chave: respiração bucal; hábitos deletérios; vedamento labial; aleitamento materno. Rev Bras Crescimento Desenvolvimento Hum. 2009; 19(2): 237-248 PESQUISA ORIGINAL ORIGINAL RESEARCH