Resumo: Atualmente, o câncer representa um grande desafio científico. A quimioterapia tem sido a alternativa de tratamento de maior perspectiva para o combate ao câncer. Durante esse percurso, alterações cognitivas podem ser acarretadas e, portanto, faz-se necessário a identificação destas, já que representam complicações neurológicas com alto índice de melhora quando tratadas. O objetivo desse trabalho delimitou-se a estudar as funções executivas em mulheres com câncer de mama submetidas à quimioterapia buscando identificar aspectos como flexibilidade cognitiva, impulsividade/controle inibitório, memória operacional, planejamento, tomada de decisão, categorização e fluência. Trata-se de uma revisão de literatura a partir de levantamento de publicações dos últimos cinco anos nas bases de dados PubMed, Lilacs, Pepsico, SciELO e BVS. Foram utilizados os seguintes descritores: avaliação neuropsicológica/neuropsychological evaluation, funções executivas/functions executive, quimioterapia/chemotherapy e câncer de mama/breast cancer. Foram encontrados 18 artigos relacionados ao tema. Os estudos apontaram a existência de alterações no funcionamento executivo de mulheres submetidas à quimioterapia. Ressalta-se que essas pesquisas se diferenciaram entre si, no que se refere à caracterização da amostra e a métodos utilizados, o que demonstra pouca padronização da avaliação neuropsicológica desse domínio cognitivo. Conclui-se que os domínios cognitivos referentes às funções executivas se encontram mais prejudicados em mulheres com câncer de mama que receberam quimioterapia. Contudo, essas informações ainda são insuficientes, pois subdomínios das funções executivas precisam ser investigados com maior integralidade, a fim de se obter um maior panorama funcional. Sugere-se novos estudos acerca do rastreio das funções executivas.
Palavras-chave:Câncer de mama Quimioterapia, Funções executivas.