ResumoAs quedas são reconhecidas como um importante problema de saúde pública entre os idosos, devido à frequência, à morbidade e ao elevado custo social e econômico. Esta pesquisa teve como objetivo identificar fatores associados com o alto risco de quedas em idosas com bom nível de cognição e equilíbrio de maneira a incluí-las em um programa de fisioterapia preventiva. Pesquisa descritiva, transversal, envolveu sessenta idosas, no município de São Luís, Maranhão, Brasil. Foram aplicados três instrumentos validados no Brasil: o questionário de histórico de quedas, a entrevista Efficacy Scale -International Among Elderly Brazilians (FES-I-Brasil) e o questionário PROMIS Global Health, para avaliar a força muscular, o dinamômetro. Idosas que não sofreram quedas nos últimos seis meses apresentaram maior força muscular dos grupos quadríceps e extensores do tronco e menor medo de quedas, quando comparadas com as que sofreram quedas (t test p≤0,001). Houve correlação significativa negativa entre medo de quedas e força muscular máxima dos grupos extensores do tronco (Spearman rho= -0,546, p<0,05) e quadríceps (Spearman rho= -0.618, p<0,05). Observou-se alta correlação entre medo de quedas e o questionário PROMIS Global Physical (Spearman rho= -0,77, p<0,05) e PROMIS Global Emotional 464, p<0,05). Identificou-se que a diminuição da força muscular dos grupos extensores de tronco e quadríceps e o medo de sofrer quedas estiveram associados ao histórico de quedas de idosas e impactaram negativamente no bem-estar físico e emocional, sendo importante incluí-las em um programa de fisioterapia preventiva.Palavras-chave: Acidentes por quedas. Força muscular. Idoso. Promoção da saúde. Qualidade de vida.